tag:blogger.com,1999:blog-8088167311665732382024-02-19T14:13:56.240-01:00Comunidade de Leitores da Biblioteca Pública da HortaBlog da Comunidade de Leitores da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.
Aqui são apresentados os livros abordados nos encontros da comunidade.
Quanto aos encontros, já se sabe, são sempre na última sexta-feira de cada mês.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-8907729532176308452011-07-04T17:45:00.001+00:002011-07-04T17:47:21.208+00:00"Um traidor dos nossos" de John Le Carré<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhugzR1z0kkOBmFd4MYDdNsDhc-a5VtFqx8grNH4x0_R1ocmok0JxuCRturElkeqPWUB0uYr2L4FbX5QO8bYIM0iEFtkuha139VuIqRFkGzr0QVlEfsLZVtSnlCW7J4Z9OEMt2xlZfqmRTl/s1600/Um+traidor+dos+nossos.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhugzR1z0kkOBmFd4MYDdNsDhc-a5VtFqx8grNH4x0_R1ocmok0JxuCRturElkeqPWUB0uYr2L4FbX5QO8bYIM0iEFtkuha139VuIqRFkGzr0QVlEfsLZVtSnlCW7J4Z9OEMt2xlZfqmRTl/s320/Um+traidor+dos+nossos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625554982946475922" /></a><br />A Grã-Bretanha está mergulhada na recessão. <br />Um jovem académico de Oxford com tendências de esquerda e a namorada gozam férias durante a época baixa na ilha de Antígua. <br />Aí, cruzam-se com um milionário russo chamado Dima, dono de uma península e de um relógio de ouro cravejado de diamantes, que tem uma estranha tatuagem no polegar direito. <br />Desafiados por ele para uma partida de ténis, os jovens amantes ver-se-ão lançados numa tortuosa viagem que os levará a Paris, a uma casa nos Alpes suíços e aos obscuros claustros da City de Londres, onde serão confrontados com a perversa aliança desta com os Serviços Secretos britânicos.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-71025924931445490432011-07-04T16:49:00.001+00:002011-07-04T17:00:49.125+00:00"A Boneca de Kokoschka" de Afonso Cruz<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHtBRs1CiDaeTGrnDqZxPQX9Xf7FbBLzFm1CpQZaki4CBP2rYXMvE1I26VWnC7nMgHLdVNEQ52RZydhQPbgs4uc6OwTR0fAo7tySNvqck6f4TCPn8MfHNd3-AqQkVTikQ0bJRHgzVN-6E/s1600/A+boneca.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHtBRs1CiDaeTGrnDqZxPQX9Xf7FbBLzFm1CpQZaki4CBP2rYXMvE1I26VWnC7nMgHLdVNEQ52RZydhQPbgs4uc6OwTR0fAo7tySNvqck6f4TCPn8MfHNd3-AqQkVTikQ0bJRHgzVN-6E/s320/A+boneca.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625543104927231698" /></a><br />O pintor Oskar Kokoschka estava tão apaixonado por Alma Mahler que, quando a relação acabou, mandou construir uma boneca, de tamanho real, com todos os pormenores da sua amada. A carta à fabricante de marionetas, que era acompanhada de vários desenhos com indicações para o seu fabrico, incluía quais as rugas da pele que ele achava imprescindíveis. Kokoschka, longe de esconder a sua paixão, passeava a boneca pela cidade e levava-a à ópera. Mas um dia, farto dela, partiu-lhe uma garrafa de vinho tinto na cabeça e a boneca foi para o lixo. Foi a partir daí que ela se tornou fundamental para o destino de várias pessoas que sobreviveram às quatro toneladas de bombas que caíram em Dresden durante a Segunda Guerra Mundial.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-23814420636045109592011-07-04T16:47:00.005+00:002011-07-04T17:04:31.886+00:00"Mar de Papoilas" de Amitav Ghosh<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqGpb4XKRmsUxJ-74xk51K3xlUWeFqIr_kEAlpm4bXuOzNBkzF24Bi263tnNsRxIy-Gl6s52ZftmQtaxijBd5omhWX6H_tceoTqLWo2bDJhZDK1qgCCK0lUWN9uO1d71JnwuhASGL-7Ba2/s1600/Mar+de+Papoilas.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 228px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqGpb4XKRmsUxJ-74xk51K3xlUWeFqIr_kEAlpm4bXuOzNBkzF24Bi263tnNsRxIy-Gl6s52ZftmQtaxijBd5omhWX6H_tceoTqLWo2bDJhZDK1qgCCK0lUWN9uO1d71JnwuhASGL-7Ba2/s320/Mar+de+Papoilas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625544136230445634" /></a><br />Mar de Papoilas esteve na shortlist do Booker Prize 2008 e foi também considerado o «Melhor Livro de 2008», segundo o San Francisco Chronicle, Chicago Tribune, Washington Post, Economist, New York, Christian Science Monitor e Publishers Weekly. Ambientado na Índia do século XIX, este romance histórico desenrola-se nas vésperas da primeira Guerra do Ópio. No coração da saga está um navio de escravos: o Ibis, que recruta indianos para as plantações de cana-de-açúcar mas principalmente para o transporte de ópio para os consumidores chineses. Com uma tripulação constituída por uma mistura heterogénea de marinheiros, passageiros clandestinos, trabalhadores asiáticos e condenados, Ibis terá como destino uma longa e tumultuosa viagem pelo oceano Índico. Considerado «avassalador» pelo The Guardian, não lhe poupam elogios como o The Observer: «Uma saga de extraordinária riqueza... com muita acção e aventura à la Dumas, mas com momentos de grande profundidade à maneira de Tolstoi ¿ e um toque de sentimento como em Dickens.». Autor de bestsellers internacionais, The Hindu considera o Mar de Papoilas o trabalho mais bem conseguido do autor: «Ghosh escreveu vários romances notáveis, mas Mar de Papoilas é indiscutivelmente o melhor.».Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-17478574522475871462011-07-04T16:47:00.004+00:002011-07-04T17:02:48.235+00:00"O Cemitério de Praga" de Umberto Eco<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-yd9_4uKyfo47uDXWaXOOgWWRtGJ1u7M2TJCcBJjGo7qBCFAvBqhDFA4F8EEHP15X1V4eBI_IqvmYaN9tg-gxVlM_kDOBqmJe8Tp_xagDDr6aggXQ0z_TXHqoQtbjNzC7Qeww3rVwn4Et/s1600/O+cemiterio.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-yd9_4uKyfo47uDXWaXOOgWWRtGJ1u7M2TJCcBJjGo7qBCFAvBqhDFA4F8EEHP15X1V4eBI_IqvmYaN9tg-gxVlM_kDOBqmJe8Tp_xagDDr6aggXQ0z_TXHqoQtbjNzC7Qeww3rVwn4Et/s320/O+cemiterio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625543627119761250" /></a><br />Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista, todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas, salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar muitíssimo a outros que estão ainda entre nós. Um romance fantástico, de um autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor e reflexãoLuís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-51261359103637448682011-07-04T16:46:00.002+00:002011-07-04T17:06:59.635+00:00"Memorial de Aires" de Machado de Assis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPxq3g6lv5wRqBrDH-Se9xkNqhVcZp_K47hBmnj-3iSr14wHwZwCHV_6ygFoY6M-iNU-gf_04r8Pg6AtDiB0rbdQQSWx1T4Hh9cKxjpNYIydmFhmWhUgAagyiyyx9XTsT1QWZmSCfyukxU/s1600/Memorial.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPxq3g6lv5wRqBrDH-Se9xkNqhVcZp_K47hBmnj-3iSr14wHwZwCHV_6ygFoY6M-iNU-gf_04r8Pg6AtDiB0rbdQQSWx1T4Hh9cKxjpNYIydmFhmWhUgAagyiyyx9XTsT1QWZmSCfyukxU/s320/Memorial.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625544777268705842" /></a><br />Memorial de Aires (1908) é o último romance de Machado de Assis, e o segundo atribuído ao último dos seus autores ficcionais, o conselheiro Aires, diplomata aposentado que já aparecera no romance anterior, Esaú e Jacó (1904). Aqui, encontramos o diário do conselheiro nos anos de 1888 e 1889, curso de anotações em que Aires segue e comenta sobretudo a vida do velho casal Aguiar e as peripécias da peculiar relação com a bela viúva Fidélia e o jovem Tristão. Ainda digressivo e irónico, vive mais da escrita do que do enredo, magistralmente tecido sem tensões nem conflitos. Prevalece a melancolia sobre a galhofa, mas sempre num tom de serenidade e com uma agudeza que fazem de Memorial de Aires um dos mais belos testemunhos da velhice da literatura em língua portuguesa. Esta edição pretende reanimar um romance e um autor de enorme qualidade e importância para as literaturas de língua portuguesa, fazendo-o com a qualidade e fidelidade a que os Livros Cotovia habituaram os seus leitores.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-1219623140172119112011-07-04T16:44:00.001+00:002011-07-04T17:14:02.905+00:00"Os Cantos" de Maria Filomena Mónica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMehqGNDLSpiNjYOHESkIKOWph0xWvFHP7qiy5EC_M29FQjEVIDFHnIshRIlit1EGGmZZNrJMtAIKasUpkwUw-3_OghZB57r2EmOT93ZhYxrxswzroC2O1DNY5pMCnzyeHVGVp8uF5QSI_/s1600/Os+Cantos.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMehqGNDLSpiNjYOHESkIKOWph0xWvFHP7qiy5EC_M29FQjEVIDFHnIshRIlit1EGGmZZNrJMtAIKasUpkwUw-3_OghZB57r2EmOT93ZhYxrxswzroC2O1DNY5pMCnzyeHVGVp8uF5QSI_/s320/Os+Cantos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625546575810804002" /></a><br />Descendente de uma ilustre família açoriana, José do Canto apaixonou desde logo Maria Filomena Mónica que lhe dedica a obra que já classificou como o «livro da sua vida». Nascido em 1820, José do Canto era, no sentido próprio do termo, um ‘vitoriano’. Apesar de natural de São Miguel e não de Inglaterra, a sua cultura era cosmopolita, sem no entanto jamais deixar de ter saudades da neblina, do mar e das laranjeiras da sua ilha - que queria perfeita. Foi por isso que a deixou e, por isso, que, muitos anos passados, a ela voltou. <br />Nesta obra biográfica, Maria Filomena Mónica conta a história desta família em várias gerações, num retrato vivído e apaixonante de uma época.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-31978371522700974622011-07-04T16:39:00.002+00:002011-07-04T17:16:36.907+00:00"Kafka à Beira-Mar" de Haruki Murakami<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-2Yxjd3I9Uv9lzbTq5u_UNZO3MHh0MBj907Cg2V-Nz59wyEg79_GchH9aP2xLutS3Ho3yfuwAp45VfuDcvkkdQCHTnf6fU18o24Jc21pV92_cBukfsxVWKFTYYdQ__K98NgJcBqLOllhN/s1600/Kafka+a+beira.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-2Yxjd3I9Uv9lzbTq5u_UNZO3MHh0MBj907Cg2V-Nz59wyEg79_GchH9aP2xLutS3Ho3yfuwAp45VfuDcvkkdQCHTnf6fU18o24Jc21pV92_cBukfsxVWKFTYYdQ__K98NgJcBqLOllhN/s320/Kafka+a+beira.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625547225337677650" /></a><br />Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos. <br />Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.<br />Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempoLuís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-31068165063419520252011-07-04T16:35:00.003+00:002011-07-04T17:19:02.377+00:00"Livro" de José Luís Peixoto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij1De5hTM8V3ixMGh4Is8WWbJaGmJ64W0PIUgr-Lp-27-XuQI8x4H0QayE_82QKetKJH-M1mkdbC9Ac2zq0DXj1mQVcRNSyLrBjDfDH9gcpl6xfq6M9ezYHdneN9JoLXqPNlSwCzYJCGkU/s1600/Livro.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij1De5hTM8V3ixMGh4Is8WWbJaGmJ64W0PIUgr-Lp-27-XuQI8x4H0QayE_82QKetKJH-M1mkdbC9Ac2zq0DXj1mQVcRNSyLrBjDfDH9gcpl6xfq6M9ezYHdneN9JoLXqPNlSwCzYJCGkU/s320/Livro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625547860968881090" /></a><br />Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-70411603386460226792011-07-04T16:30:00.003+00:002011-07-04T16:35:04.616+00:00"Liberdade" de Jonathan Franzen<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgASZ7T8RfrEV6RvOO-r5mL0NhGNrXiV-JMrFaXVG8FtdnLY_q0d3oxjWU4im9CDl1OWYpBKUm2CSkYmRu9v4fY-03wh-HMQsE6mgvz9YN5WQMYCgZZGh-eHUutz3WCjCRZvsB9Q8rT43r9/s1600/Liberdade.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 228px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgASZ7T8RfrEV6RvOO-r5mL0NhGNrXiV-JMrFaXVG8FtdnLY_q0d3oxjWU4im9CDl1OWYpBKUm2CSkYmRu9v4fY-03wh-HMQsE6mgvz9YN5WQMYCgZZGh-eHUutz3WCjCRZvsB9Q8rT43r9/s320/Liberdade.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625536522926919042" /></a><br />No seu primeiro romance depois de Correcções, Jonathan Franzen dá-nos um épico contemporâneo do amor e do casamento. Liberdade capta, cómica e tragicamente, as tentações e os fardos da liberdade: a excitação da luxúria adolescente, os compromissos abalados da meia-idade, as vagas da expansão suburbana, o enorme peso do império. Ao seguir os erros e alegrias dos personagens de Liberdade, enquanto lutam para aprender a viver num mundo cada vez mais confuso, Franzen produziu um retrato inesquecível e profundamente comovente dos nossos tempos. Patty e Walter Berglund foram sempre os precursores na velha St. Paul - os aburguesados, os pais interactivos, os avant-garde da geração de alimentos biológicos. Patty era o tipo ideal de vizinha, que nos podia dizer onde reciclar as pilhas e como conseguir que a polícia local fizesse mesmo o seu trabalho. Era uma mãe invejavelmente perfeita, e a mulher dos sonhos do seu marido Walter. Juntamente com ele - advogado ambientalista, ciclista e utilizador de transportes públicos, homem de família dedicado -, Patty estava a fazer a sua pequena parte para construir um mundo melhor.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-41132070730745647892011-07-04T16:05:00.004+00:002011-07-04T17:22:15.996+00:00"Pensamentos" de Marco Aurélio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfOGYZ8SM9aqShBadhc-6-UJR4OBuhCms-QlC651vvez2LQ2uJyf0eeEwOEUL2PDRqI-0AVzNHhi36NEx7ZLpYVOuroupE63X9i57gwsjUrNUrsp9DrmTzT1fMUbeTlPnoQPOXaup1lJzn/s1600/Pensamentos.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 202px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625548675211829170" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfOGYZ8SM9aqShBadhc-6-UJR4OBuhCms-QlC651vvez2LQ2uJyf0eeEwOEUL2PDRqI-0AVzNHhi36NEx7ZLpYVOuroupE63X9i57gwsjUrNUrsp9DrmTzT1fMUbeTlPnoQPOXaup1lJzn/s320/Pensamentos.jpg" /></a><br /><br /><div>«Este livro, todo tecido de reflexões pessoais, tem radículas nos autores gregos bem assimilados — em Platão, em Homero, nos trágicos —, todos sobriamente citados, nunca para mostrar erudição, sempre para sublinhar a meditação pessoal de um homem dobrado ao íntimo. Era, sim, da estirpe de Epicteto e de Pascal este homem que de tão alto viu o "desconcerto do mundo" e abriu, sem mais candeia que a luz da consciência acesa em pavio estóico, um tão nobre caminho nas sombras da vida. Nunca tão raramente se equivaleram palácio e choupana aos olhos de um meditador. A misantropia crepuscular escorre do pensamento da morte, da brevidade da vida, da fugacidade de prazeres e honrarias. (…) Mas que um imperador cumulado de riquezas e com mão desimpedida para a sacudir arbitrariamente por entre injustiças e vinganças se recolha à cela íntima e aí entorne, num canhenho de reflexões a essência da própria alma — deve mover-nos a espanto e pena.»<br />Do Prefácio de João Maia<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZWV1MRGkkamX9qmAG3gD78eHbHqS_L-cIY2BX-eU9Lrj3R1erQD_PEBmkHsYnh0XXVdWBB3-FtoEn4_OGVNMN1v7hOQjswNmSn8VSxndwqMk3_4U2vM7ZBUFxzsPQwmbhhlXWJM7RenOX/s1600/Pensamentos+2.jpg"></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcZjC1NPnosyZ_T-yVv8XKgf2SFo6rehJ7QfWHBxwFEdFeNTa2UpygtzLKKl-jqxvR1i2yTZYEaEK8HZ6fUtNN0D7ZF3Yi0-I1SCNmLfbECE2UHXgn5TNx-5LM_dsLtRtejDiZcrBpePRP/s1600/Pensamentos.jpg"></a></div>Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-32523549057639418622011-07-04T15:54:00.006+00:002011-07-04T17:28:55.576+00:00"Uma Guerra na Úmbria - Case Venie" de Romana Petri<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnVf4WdE6i7JoCEmvv5eqWhfOH60AVgq_92mp_ivXDOvYezCHI4_ZJb-c5ykV_S5ugrlzFEznDd7Nn3ZCilD7ldDAU4J3947Wb5-Fx_Hl53Ssxknsfs9wM6Jf-PjFUO5CdGLNR-dTaIkVL/s1600/image.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 249px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnVf4WdE6i7JoCEmvv5eqWhfOH60AVgq_92mp_ivXDOvYezCHI4_ZJb-c5ykV_S5ugrlzFEznDd7Nn3ZCilD7ldDAU4J3947Wb5-Fx_Hl53Ssxknsfs9wM6Jf-PjFUO5CdGLNR-dTaIkVL/s320/image.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625549606196241890" /></a><br />Estamos em Setembro de 1943, data do armistício e da invasão da Itália pelas tropas nazis.<br />Alcina e Aliseo, irmã e irmão, são órfãos e vivem sozinhos em Case Venie. Os dois, conjuntamente com o melhor amigo de Aliseo, o jovem Spaltero, decidem fugir para as montanhas e juntar-se aos grupos de partigiani que combatem os invasores alemães. Neste cenário de fundo, que é a resistência histórica na região italiana da Úmbria, o verdadeiro tema de toda a narrativa é a relação entre vivos e mortos. A morte, matéria dominante na vida de Alcina, lentamente cederá o lugar a uma nova realidade. A força dos sentimentos do jovem Spaltero por Alcina, dará a esta um novo entusiasmo e a necessidade de abandonar o passado e voltar-se para o futuro.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-57622144819852075762011-06-09T19:27:00.001+00:002011-06-09T19:29:21.183+00:00"A Metamorfose" de Franz Kafka<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYW9lWVUvr0h-lGynIOFk753Yhxs7qvGTP_MoxHsUmX-uIB_yLkYcTAmTOKAI_7cVKmO4BuEpKwvBEkKYkWj8SnQQvpbS9-gMngvBCL1lbrpc3x8nJWLMgFeEUYjM5MYbGj0YHot0Km9T/s1600/A+metamorfose.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 202px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYW9lWVUvr0h-lGynIOFk753Yhxs7qvGTP_MoxHsUmX-uIB_yLkYcTAmTOKAI_7cVKmO4BuEpKwvBEkKYkWj8SnQQvpbS9-gMngvBCL1lbrpc3x8nJWLMgFeEUYjM5MYbGj0YHot0Km9T/s320/A+metamorfose.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5616304234470560706" /></a><br />O livro “A Metamorfose” não podia começar de maneira mais crua e estranha: “Certa manhã, ao acordar de sonhos inquietos, Gregor Samsa viu-se transformado num gigantesco insecto.” Franz Kafka introduz assim a história de Gregor Samsa, um incansável caixeiro-viajante que sustenta os pais e a irmã, que se entregam descaradamente à ociosidade. <br />Parasitado pela família até àquela manhã em que ao acordar, já atrasado para o trabalho, viu uma carapaça dura, uma barriga castanha abaulada e muitas pernas magrinhas, Gregor Samsa é quem parasitará a família a partir daí. Mas esta obra conta mais do que a história de um homem que acordou insecto: fala de como o ser humano pode viver alienado pelo trabalho, o dever familiar ou pela autoridade do pai e alerta para os comportamentos humanos. Ao mesmo tempo, reflecte alguns aspectos da vida do autor. <br />Franz Kafka escreveu “A Metamorfose” em apenas três semanas, em finais 1912, quando tinha apenas 29 anos. Não gostou do resultado, que considerou imperfeito e com um final ilegível. O certo é que 90 anos depois de ter sido escrita, esta obra — publicada pela primeira vez em 1915 — é uma das mais conhecidas do escritor checo.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-68609218978818590962011-06-07T16:05:00.003+00:002011-06-07T16:13:39.903+00:00'O Mundo que eu vi' de Genuíno Madruga<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_Qz2seLirtk1bpxu1hksdAppn_c7lo6hZzefbIgtf3GmwtaAQFApImKAKP2bJENl5ajCvQFXySLMFaJSTMs2DTdd5u951dAAss3fk9KiZpYssb6tBOzjmrjtAIuk18N8zuASMupiy6Xe/s1600/Livro+Genuino.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 245px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_Qz2seLirtk1bpxu1hksdAppn_c7lo6hZzefbIgtf3GmwtaAQFApImKAKP2bJENl5ajCvQFXySLMFaJSTMs2DTdd5u951dAAss3fk9KiZpYssb6tBOzjmrjtAIuk18N8zuASMupiy6Xe/s320/Livro+Genuino.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615511551265084466" /></a><br />O livro, intitulado 'O Mundo que eu vi', é integralmente dedicado à segunda volta ao mundo que realizou, entre agosto de 2007 e junho de 2009, com partida e chegada na ilha do Pico, a sua terra natal.<br /><br />A viagem foi marcada pela difícil passagem do Cabo Horn, no extremo sul da América, uma zona de tempestades, correntes fortes e temperaturas baixas que deixou marcas no velejador e no seu barco, batizado de 'Hemingway'.<br /><br />Na apresentação do livro, no famoso Peter Café Sport, na Horta, local de encontro de velejadores de todo o mundo, Genuíno Madruga mostrou que não esqueceu as suas origens humildes nem a sua profissão.<br /><br />“Certamente que ali estão escritos alguns acontecimentos por mim relatados, à minha maneira, com as minhas palavras, mas desculpem se não são as palavras mais trabalhadas, mais eruditas. Eu sou pescador, fiz aquilo que foi possível”, afirmou.<br /><br />O navegador sabe, no entanto, que os seus feitos são dignos de recordação, admitindo que “qualquer um dos grandes navegadores, que deram novos mundos ao mundo, ficariam muitos satisfeitos” por fazer o que ele conseguiu.<br /><br />Genuíno Madruga também não esqueceu o grupo de apoio que durante os dois anos que demorou a segunda viagem seguiu diariamente a sua rota e confidenciou que, se tivesse apoios financeiros, partiria sem hesitar para uma terceira volta ao mundo.<br /><br />O pescador foi o primeiro açoriano e o segundo português a dar a volta ao mundo sozinho num veleiro. Em 2002, quando terminou a primeira viagem, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.<br /><strong>In Açoriano Oriental</strong>Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-4210129405343067342011-06-07T15:58:00.002+00:002011-06-07T16:34:45.140+00:00"A importância de se chamar Ernesto" de Oscar Wilde“Permanecendo persistentemente solteiro, um homem converte-se numa tentação pública permanente.”Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-13252274146285393392011-06-07T15:56:00.003+00:002011-06-07T17:31:47.564+00:00"Raíz Comovida" de Cristóvão de Aguiar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOhIdfbkYPsKHiv5Azt9P7_7NWB_6ynfTSgHgRLr5sqq_1a3p43-ZYQVzLpG_iYdiFPMtpw2X2W6Hvr-ZBx47-WAoCB7h1Fqp9gEWJN8WrVpM6q9E7lbD1WH9Q9G67NtfDqqyVWdm1kF3/s1600/Raiz+Comovida.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 204px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOhIdfbkYPsKHiv5Azt9P7_7NWB_6ynfTSgHgRLr5sqq_1a3p43-ZYQVzLpG_iYdiFPMtpw2X2W6Hvr-ZBx47-WAoCB7h1Fqp9gEWJN8WrVpM6q9E7lbD1WH9Q9G67NtfDqqyVWdm1kF3/s320/Raiz+Comovida.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615531818145564210" /></a><br />Raiz Comovida – Trilogia Romanesca, de Cristóvão de Aguiar, começou a ser publicada há 25 anos – iniciou-se com A Semente e a Seiva (1978), e continuou-se com Vindima de Fogo (1979) e O Fruto e o Sonho (1981), para aparecer finalmente, num único volume (pela Editorial Caminho, 1987). Temos agora uma nova edição desta obra (Publicações Dom Quixote, 2003), que resulta de um profundo trabalho de revisão e de remodelação da edição anterior – de tal modo que, por vezes, temos a impressão de estarmos não perante uma edição revista de uma obra anteriormente publicada, mas sim perante uma obra nova e escrita de raiz. <br />Sendo uma obra de inspiração, de evocação e de definição açorianas, Raiz Comovida é, na beleza forte do seu título, muito mais do que aquilo que a uma leitura mais apressada possa parecer : não é mais um daqueles livros que costumam dar corpo ao que poderíamos chamar a estética da saudade, baseada no revivalismo de um país que a pouco e pouco vai deixando de ser o país das aldeias ; também não é um livro de memórias regionalistas. Indo muito mais fundo, nesta obra perpassam os tipos humanos que resultaram da amassadura da cultura ibérica tradicional com as águas, o sal e os ventos do mar, polvilhada de vulcões e abalos de terra, e mais de incursões dos piratas do Norte de África, e do isolamento, e de um ou outro arroubo colonialista – e perpassam sobretudo os contadores de histórias, aqueles que podemos tipificar na personagem do Ti José Pascoal de quem o narrador se queixa de que “Já está aqui há muito tempo à minha ilharga pedindo-me para entrar nesta história.[ pelo que, conclui ] Decidi fazer-lhe a vontade e vou já passar-lhe a palavra” (p. 45). <br />Desde a primeira à última frase de Raiz Comovida – vejamo-la nós em separado nos livros que a fizeram, vejamo-la na sua versão integral, já de si remodelada, de 1987, ou vejamo-la agora nesta nova versão que nos perturba enquanto gesto de inteligência dos tempos que correm e dos gostos que eles acarretam, mas sem nunca esquecer que se trata de uma reconstelação (isto é, de um reagrupamento, ele próprio dinâmico e interactivo) de elementos dispersos que são coerentes entre si, e que mutuamente se atraem, precisamente porque comungam do mesmo passado, e registam a memória que delimita a identidade cultural de quem, como os açorianos, é o fruto, ou o sonho realizado, de uma semente europeia que medrou mergulhada na seiva de um grande mar – e que agora se oferece, na comoção desta Raiz Comovida, à grande vindima que, de cada vez que acontece, representa, no nosso imaginário mediterrânico, a grande festa da vida.<br />LUIZ FAGUNDES DUARTE, In: http://palcopiniao.blogspot.com/2007/09/raiz-comovida-de-cristvo-de-aguiar-por.htmlLuís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-90243085537621418362011-06-07T12:51:00.003+00:002011-07-04T17:51:06.571+00:00"São Bernardo" de Graciliano Ramos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNg7mch47U0cTRPwXORX-5ccA4701bWCgW1XwxHoMRXQuok7q6gBhwXQ2F9QgTnI8aE_9k6Ef6ZcoyArj19nWQ_JH9dCI-tKWo1ZFUgx3K3A8acnInk0h4h2BnltQ4_yRyoANEvFsiU4Og/s1600/sao+Bernardo.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNg7mch47U0cTRPwXORX-5ccA4701bWCgW1XwxHoMRXQuok7q6gBhwXQ2F9QgTnI8aE_9k6Ef6ZcoyArj19nWQ_JH9dCI-tKWo1ZFUgx3K3A8acnInk0h4h2BnltQ4_yRyoANEvFsiU4Og/s320/sao+Bernardo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625556125477975650" /></a><br />São Bernardo, publicado em 1934, significa em termos de composição romanesca um enorme salto qualitativo. A plenitude do método descritivo e as sequelas pós-naturalistas ficaram no passado. Munido de uma perspectiva, o que implica uma concepção fundamental do mundo, supera a indiferença na escolha dos detalhes: todas as acções estão directamente vinculadas à vida e ao processo de busca de identidade da consciência de Paulo Honório. De guia de cego a senhor de engenho, essa trajectória de um homem possessivo e violento será desenvolvida aos olhos do leitor na dinâmica de seu acontecer.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-89572611628158223232011-03-30T18:42:00.006+00:002011-07-04T18:01:52.265+00:00"Às Dez a Porta Fecha" e "Dois corpos tombando na água", de Alice Vieira. Colecção Frente e Verso da "Revista Visão"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPrIRDA4qRJEu9LXAuwXPYAp6Z3U_vyz3Rl-Z85PEZExbsGGdVra0sC9uJdFYwR0FosifGjSINXQdxmDirrOcpysmhoDJwLgh_zq1Mc6gX6iV4fuZB3i6RO2h8P9-ZmFmm0tD0uZBQoBW/s1600/dois_corpos_tombando.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 161px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPrIRDA4qRJEu9LXAuwXPYAp6Z3U_vyz3Rl-Z85PEZExbsGGdVra0sC9uJdFYwR0FosifGjSINXQdxmDirrOcpysmhoDJwLgh_zq1Mc6gX6iV4fuZB3i6RO2h8P9-ZmFmm0tD0uZBQoBW/s320/dois_corpos_tombando.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625558871969002354" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSGYs4ZO4FFIsNsxPgfIFT4272JsLlizJWgTi8H4qiDgzaS-GxWhXUDjHZ2FVOjPQakyc410kK1Ox70Q1cpX68YnyhOzs_YL1kJN-Lmn8j1Hdd_zDX8IDFbXnKXANyQkxraVOWbZHLHhp3/s1600/As+dez.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 221px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSGYs4ZO4FFIsNsxPgfIFT4272JsLlizJWgTi8H4qiDgzaS-GxWhXUDjHZ2FVOjPQakyc410kK1Ox70Q1cpX68YnyhOzs_YL1kJN-Lmn8j1Hdd_zDX8IDFbXnKXANyQkxraVOWbZHLHhp3/s320/As+dez.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625558531009053810" /></a><br /><strong>Às Dez a Porta Fecha </strong>é um peculiar romance juvenil, pois quase não encontramos personagens jovens. O livro trata da vida de velhos num lar de pessoas idosas. Conta-nos as histórias dos sonhos, desgostos e dores de homens e mulheres velhos que travam uma luta interior contra a rotina e o esquecimento das suas famílias. Mas é também um texto comovente e divertido com final feliz, visto que um dos velhos casa com uma companheira, sai do lar, e juntos descobrem o amor e constroem uma vida nova.<br /><br /><strong>"Dois corpos tombando na água"</strong> obteve o primeiro lugar na 8.ª edição do Concurso Literário Maria Amália Vaz de Carvalho,recebendo os votos unânimes dos críticos literários Fernando J. B. Martinho, Fernando Pinto do Amaral e José Correia Tavares, da Associação Portuguesa de Escritores.<br />Fernando Pinto do Amaral, porta-voz do júri, considerou ser “arriscado escrever poesia de amor, devido à monotonia temática, à linguagem geralmente codificada e sujeita a lugares-comuns”. Contudo, o júri reconheceu que “Alice Vieira, com versos intensos e pungentes, conseguiu escapar a todas essas armadilhas e, num tom intimista, demonstrar a capacidade de dádiva e entrega que o amor nos ensina”.<br />A leitura deste pequeno livro de poesia cativa e agarra o leitor, a sequência entre os versos é tão harmoniosa que é impossível parar a leitura antes de chegar ao fim. A autora pega nas palavras e de uma forma surpreendente consegue através delas transmitir ao leitor a tristeza e a alegria, as sensações, os odores e os sabores do amor.<br />Este foi o primeiro livro de poesia publicado por Alice Vieira, e como a própria afirmou em entrevista ao jornal Público “é um livro de paixão, que relata uma história.”Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-65695899838534346402011-03-30T17:40:00.002+00:002011-03-30T17:42:38.139+00:00"Sismo na Madrugada" de Humberto Moura<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwlS5vSlbzaMLPhnaQeVnx_5qwoiGr5kz12equPf5V_p5Hg9AYZa9lLXfleVJLrQoLz-aT4hUNzLiyqa6Ft_33SUEmerEnQyBN4xsO7b5LoAER_sUcLzyJjplCOZmHsMbvYZ0gUhftNYy5/s1600/dig.1+-+ALTERADO.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwlS5vSlbzaMLPhnaQeVnx_5qwoiGr5kz12equPf5V_p5Hg9AYZa9lLXfleVJLrQoLz-aT4hUNzLiyqa6Ft_33SUEmerEnQyBN4xsO7b5LoAER_sUcLzyJjplCOZmHsMbvYZ0gUhftNYy5/s320/dig.1+-+ALTERADO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589929645186243234" /></a><br />( ... ) Testemunho pungente sobre a inquietação e a perplexidade das guerras (a Guerra Civil de Espanha e a Segunda Guerra Mundial), este livro faz um apelo à solidariedade universal, à concórdia e à esperança. É acima de tudo, um livro sobre as feridas da alma. <br />E sobre os sismos da terra e os sismos da vida. Mas estas páginas são também lugar de confronto, de denúncia de verdades ilusórias e de renúncia às máscaras de um quotidiano alienante. Porque há este dado inapelável: Portugal chegou tarde à História... E todas as personagens sofrem as consequências disso mesmo. Daí os olhares (críticos e vagamente satíricos) que o narrador lança sobre um espaço português ... <br /><br />Victor Rui DoresLuís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-68986193056091708982011-03-30T13:00:00.002+00:002011-03-30T13:05:04.089+00:00“Territorio Comanche” de Arturo Pérez-Reverte<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP3w9wD5m7s8rMZp6CksBXElV-hwzWJOga5Fc01NQqfbQlT-Xq8zplNLkHw-_0ozms0TrdEuLaE6k7v1sxVyGHDj1W1kimz4lj5A8J0zOJfZhlKNY-EhbdVsLVU53IBylPlq_Ow8dqAldA/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 229px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP3w9wD5m7s8rMZp6CksBXElV-hwzWJOga5Fc01NQqfbQlT-Xq8zplNLkHw-_0ozms0TrdEuLaE6k7v1sxVyGHDj1W1kimz4lj5A8J0zOJfZhlKNY-EhbdVsLVU53IBylPlq_Ow8dqAldA/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589858028744265906" /></a><br />Jugoslávia, 1994. Um cenário de guerra real. Caminhos desertos, ruínas chamuscadas, hotéis repletos de correspondentes e curiosos e um armamento de uma omnipresença assustadoramente ausente. Repórteres veteranos, companheiros de trabalho e amigos. Mesmo em tempos de guerra quando a mente se despoja de afectos e emoções. O relato cru, objectivo e realista de um conflito em que o jornalista se confronta com a dicotomia que separa o homem do profissional, a vida da notícia. A experiência de Pérez-Reverte enquanto enviado especial para a cobertura do conflito jugoslavo, nas vozes ao mesmo tempo desencantadas, ternas e irónicas destes dois jornalistas. Reais tal como os "habitantes" e lugares deste Território Comanche, a primeira obra em que Pérez-Reverte abandona a sua faceta internacionalmente reconhecida de narrador de ficções como «A Pele do Tambor», recordando vinte anos históricos de actividade jornalística.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-41212366345483840382011-03-30T12:58:00.002+00:002011-03-30T13:00:32.536+00:00"Poemas de Amor" de Pablo Neruda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPmspiJKhMFGR064YppHgVdwgepPUDJ4xwF3q_h9YYhhr1u1xfp5FnRMosI5E5mfOis54TflQFIow7aLW2c5yFny31HkTZyjtY-ifyFv_cefvNfk5_CZ-dF6A2gfpowZammSXrAyOOZ-Jw/s1600/clip_image002.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 89px; height: 130px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPmspiJKhMFGR064YppHgVdwgepPUDJ4xwF3q_h9YYhhr1u1xfp5FnRMosI5E5mfOis54TflQFIow7aLW2c5yFny31HkTZyjtY-ifyFv_cefvNfk5_CZ-dF6A2gfpowZammSXrAyOOZ-Jw/s320/clip_image002.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589856977809066642" /></a><br />Inédito em Portugal, com tradução do poeta Nuno Júdice, um livro que reúne os grandes Poemas de Amor de Pablo Neruda.<br /><br />Natural do Chile, Neruda (1904 - 1973) foi autor de uma vasta obra, tendo a sua escrita influenciado fortemente muitos poetas sul-americanos. Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 1971.<br /><br />À semelhança das suas outras obras, este é um livro por onde perpassa todo um universo de magia e paixão, que sempre caracterizaram a escrita do autor de Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, ou de Plenos Poderes.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-59999009975349792702011-03-30T12:47:00.003+00:002011-03-30T12:55:58.881+00:00"Melhores Amigos, Piores Inimigos" de Michael Thompson e Cathe Grace<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-fFYB9YTGTBVBmiGDW06y6AQ8kZT6E4wBeYSid4SKo_zHjEsNdrN9ZjUpLo8iT2kt_GyuE0zysUVlIoGKKBVeuHjRRfe8slhGQ8MWvl1T0eesUpenwLjnRPzvGxFUGtml0x1ot467sj7/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 137px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-fFYB9YTGTBVBmiGDW06y6AQ8kZT6E4wBeYSid4SKo_zHjEsNdrN9ZjUpLo8iT2kt_GyuE0zysUVlIoGKKBVeuHjRRfe8slhGQ8MWvl1T0eesUpenwLjnRPzvGxFUGtml0x1ot467sj7/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589854767184896274" /></a><br />Uma obra extraordinária que lança um olhar inovador sobre o papel crucial, e tantas vezes desconhecido, que a amizade desempenha nas vidas dos jovens, do nascimento à idade adulta, passando naturalmente pela adolescência.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-66188782897503629902011-03-30T12:42:00.002+00:002011-03-30T12:47:39.908+00:00“Chocolate – Histórias para ler e chorar por mais”<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn10oiMDkT-_m9sULf7ofFfcEBq1cJ6FzLzRQf1epXAmP_lEF9vzh_631Pv3I9JmF6f4DDc2zGqMH-vUmVg5J2Y9NP-o2vOBP7JW4upgJLyvjQAhrQ5hS-lh-U4kxCIUW9_qmhS_-zhHjl/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 189px; height: 260px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn10oiMDkT-_m9sULf7ofFfcEBq1cJ6FzLzRQf1epXAmP_lEF9vzh_631Pv3I9JmF6f4DDc2zGqMH-vUmVg5J2Y9NP-o2vOBP7JW4upgJLyvjQAhrQ5hS-lh-U4kxCIUW9_qmhS_-zhHjl/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589853645025346034" /></a><br />“Chocolate – Histórias para ler e chorar por mais”, Alice Vieira, Catarina Fonseca, Isabel de Zambujal, Leonor Xavier, Maria do Rosário Pedreira, Rita Ferro<br />6 autoras, 6 histórias, 6 receitas, uma paixão: o chocolate.<br /><br />Uma cozinheira que gostaria de ter tido uma cozinha igual à da Audrey Hepburn para fazer o BOLO DO PAI.<br /><br />Um casamento de família tragico-cómico mas com muito salero e um FRANGO COM MOLHO DE CHOCOLATE perdido.<br /><br />A história da vida de 6 ingredientes-personagem que vieram de cada um dos quatro cantos do mundo e dão origem a um CHOCOLATE GELADO.<br /><br />Como um BOLO DE MÁRMORE pode servir para assassinar um marido traidor.<br /><br />A magia de um curso de culinária pode mudar duas vidas, com BEIJINHOS DE PRETA.<br /><br />Há famílias que nunca mudam, nem no dia de anos da Mãe, com um PAVÉ DE CHOCOLATE COM CEREJAS.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-32120708602817025182011-03-30T12:40:00.001+00:002011-03-30T12:42:08.403+00:00"Cartas de Amor" de Fernando Pessoa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvzaN9f1cqf4Zvvne1mkO9yIuJbLZLTZw3EwvgJ8dyXCiyCH5yfa_mgQJqqclrxv9O4vvV3nyz-6m5peVqqBNIs0syJkZTJpOpZ-9Ma9QWutyWPQeQRlA6ZVz2WW7yStpX83bNU9-zoRLM/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 139px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvzaN9f1cqf4Zvvne1mkO9yIuJbLZLTZw3EwvgJ8dyXCiyCH5yfa_mgQJqqclrxv9O4vvV3nyz-6m5peVqqBNIs0syJkZTJpOpZ-9Ma9QWutyWPQeQRlA6ZVz2WW7yStpX83bNU9-zoRLM/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589852273118149666" /></a><br />A editora Zéfiro lançou uma nova edição das cinquenta cartas de amor que Fernando Pessoa dirigiu a Ophélia Queirós, no curto período de namoro entre ambos, que teve mesmo assim duas fases. Uma obra que parece ser de fácil acesso para os leitores mais interessados nesta vertente da escrita de Pessoa - que alguns investigadores começam aliás a associar a uma verdadeira e própria vertente do seu fingimento heteronímico.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-72506451711671803182011-03-30T12:35:00.001+00:002011-03-30T12:39:19.299+00:00“As Ligações Perigosas” de Choderlos de Laclos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw5MU-gq9tQ_rt6v_uXCvkB_KMAImnW9ybRT19AaHOTQd4SGS5ITRmfJfQqbj9_FVH9hw4P0qlNtPHl9AhHPPQ394NFYgrHAeTQH3C7C6l5UZZY-ci8x-QdqHv_ZDjeasQM1iIpnb2-td/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 120px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrw5MU-gq9tQ_rt6v_uXCvkB_KMAImnW9ybRT19AaHOTQd4SGS5ITRmfJfQqbj9_FVH9hw4P0qlNtPHl9AhHPPQ394NFYgrHAeTQH3C7C6l5UZZY-ci8x-QdqHv_ZDjeasQM1iIpnb2-td/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589851489641483666" /></a><br />«As Ligações Perigosas» é um romance em que mais do que a paixão se descreve o fingimento. A sua forma é a da correspondência trocada entre diversas personagens, alternando o espírito libertino e a candura, a sedução e a vertigem. O seu autor, Choderlos de Laclos, nasceu em Amiens, em Outubro de 1741. Foi militar de carreira e atingiu o posto de general pouco antes de morrer em 1800. Escreveu «As Ligações Perigosas» quando estava aquartelado na Ilha de Ré e decidiu contar uma história que «ressoasse ainda na terra depois de por ela ter passado». Os privilegiados, disse Vailland, «não lhe perdoaram ter sido um revolucionário e os revolucionários inquietaram-se ao vê-lo tão bem informado dos prazeres dos privilegiados».Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-808816731166573238.post-43249802944580771662011-03-30T11:55:00.002+00:002011-03-30T11:59:15.013+00:00Os Sonetos Completos de Antero de Quental<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL_yurvfJwySMrFkVmC7dewRUu_GoYc7sSI881qXNbKZoBjNlX1jPZiGCfOAA7DuSRf3g46fDNLmGllGcOzDVk3CcFupt2xrV7L9AOcwFN7KDdoZsY-bzBJMk-ikVtJUDnCVdrFboZJrgR/s1600/clip_image001.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 132px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL_yurvfJwySMrFkVmC7dewRUu_GoYc7sSI881qXNbKZoBjNlX1jPZiGCfOAA7DuSRf3g46fDNLmGllGcOzDVk3CcFupt2xrV7L9AOcwFN7KDdoZsY-bzBJMk-ikVtJUDnCVdrFboZJrgR/s320/clip_image001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589841222680858258" /></a><br />A Guimarães Editores, em parceria com a Fnac, continua a dar continuação a um plano editorial de Fernando Pessoa, que nunca chegou a ser concretizado totalmente na sua editora Olisipo. Desta vez temos oportunidade de ler "Os Sonetos Completos de Antero de Quental", numa edição a cargo de Patrício Ferrari.<br /><br />Creio que não é descabido reforçar a importância deste esforço editorial, que nos dá a conhecer - de modo muito linear - as obras que Pessoa considerava importantes (ou mesmo essenciais) para alguém ler no seu tempo. São obras que marcaram o poeta e que, necessariamente, marcaram a sua obra e o seu pensamento.<br /><br />Quental teve influência em Pessoa, como muitos outros poetas. Nele Pessoa parece ter encontrado uma espécie de irmandade no sofrimento, pois disse, numa passagem o seguinte: "I am never happy, neither in my selfish, nor in my unselfish moments. My solace is reading Antero do Quental. In me, after all, Luther-spirit. Oh, how I understand that deep suffering that was his". Há que lembrar que Antero foi um poeta que quis mudar o país pela literatura (e que de certo modo falhou, acabando por se suicidar) - o que lembra instantaneamente os esforços do próprio Pessoa. Pessoa acreditava piamente que a mudança política deveria andar de mãos dadas com a mudança cultural (literária), como se pode ler em diversos fragmentos que escreveu e considerava um pioneiro nessa visão revolucionária, ao ponto de Campos o apelidar de génio inovador.<br /><br />Como bem indica Ferrari no seu Posfácio, a influência de Quental no jovem Pessoa é profunda, sobretudo a partir de 1908, quando ele começa a escrever em Português. Ao lado de Quental estariam nomes como Junqueiro, Nobre e Cesário Verde. <br /><br />Sinal dessa mesma influência é o esforço que Pessoa empreendeu na tradução de muitos sonetos (que são também publicados neste edição). Desde cedo percebemos que o maior tributo que Pessoa podia dar a um autor era tentar traduzi-lo para Inglês. Fê-lo com Sá-Carneiro, com Botto, com Antero, etc...<br /><br />Pessoa admirava em Antero o seu pensamento e não apenas a forma lírica da sua poesia. É preciso ter isso em atenção quando lemos estes poemas, e colocar-mo-nos na posição de Fernando Pessoa a ler-se a si próprio, ou melhor, lendo uma projecção passada de si próprio: um poeta com alto grau de racionalização poética, que tentou mudar a sociedade do seu tempo pela literatura, tendo no final sucumbido a uma saída trágica e suicida.Luís São Bentohttp://www.blogger.com/profile/05726454070017727274noreply@blogger.com0